quarta-feira, 18 de junho de 2008

mozart



Música, Numerologia e Gematria
"Para conseguir aplausos, é preciso escrever algo tão insignificante a ponto de poder ser cantado por um cocheiro, ou tão ininteligível que agrade precisamente porque ninguém de bom senso é capaz de compreendê--lo." Mozart ao pai

A nUmerologia à semelhança Mozart.
Ainda que estejam na música implícitas, estas doutrinas aparecem mais fortemente ligadas a práticas religiosas e culturais, influenciando até a arquitectura e a arte. São problemáticas as diversas interpretações que um número inteiro pode ter , consoante as conotações próprias da cultura de proveniência.
Para Mozart, a franco-maçonaria e o Cristianismo estão na origem das doutrinas básicas subjacentes à numerologia. O ramo da Maçonaria a que Mozart pertenceu, considerava a tradição egípcia a principal fonte de sabedoria, sendo a escolha de alguns números inteiros influenciada pela aritmética egípcia. Tanto o número 3 como o número 6, têm uma conotação masculina, contudo, o 3 era mais importante, por estar associado às tríades maçónicas. Já os números 5 e 8 estão associados à feminidade, enquanto que 7 e 18 têm implicações sagradas.
Para os Mações, o número18 assume particular relevo, devido à propriedade (conhecida dos egípcios) de o perímetro de um rectângulo 6 x 3 ser numericamente igual à sua área. Para um mação, 18 também comandava o tempo, pois consideravam que o dia começava às 18 horas.
O sistema numerológico atrás referido controla todos os aspectos da Flauta Mágica (ópera composta por Mozart um ano antes da sua morte). Inclusive, a própria data da estreia desta ópera foi meticulosamente escolhida. Realizou-se em 1791 (1 + 7 + 9 +1 = 18), no dia 30 7embro ( 30 de Setembro ), que para um mação como foi Mozart, correspondia a 1 8bro ( 1 de Outubro ), começando ainda o espectáculo às 18 horas.
Outro exemplo, também relativo ao 18, diz respeito à personagem Sarastro. O seu papel na ópera é controlado de modo significativo por este número. Aparece na cena final do 1º acto num carro triunfal puxado por 6 leões, o leão simbolizava o sol. Sarastro tem 18 participações cantando em 180 (18x10) compassos, e cada uma das suas duas áreas tem melodias de 18 notas. Além disto, os sacerdotes de Sarastro ( que eram 18 ) intervêm com seis linhas de texto que ocupam 18 compassos, com 4 compassos no fim para permitir que as últimas palavras sejam cantadas 3 vezes no fim.
Mozart também usou a gematria na Flauta Mágica, tanto em palavras como em frases de texto, fazendo corresponder números inteiros aos nomes das pessoas que participaram na ópera.

beethoven




As numerações de Beethoven
"(...) Beethoven, sendo surdo idealizava uma música que nada teria a ver, concretamente, com a descrição científica do som. (...) Talvez por isso Beethoven insistisse tanto em comparar a música à filosofia, já que, para ele se tratava de uma mera abstracção, nunca passava de um mundo de ideias, nada mais do que ideias! (...) De facto Beethoven poderia decerto considerar-se um homem esclarecido e iluminado quando transportava no isolamento silencioso da sua vida os temas e as ideias das sinfonias, das sonatas ou dos quartetos, [no entanto],


alguém que traga permanentemente na cabeça melodias alvares, ritmos boçais ou conjugações musicais ocas de qualquer sentido, arrisca-se muito decididamente a transformar-se num mentecapto."
António Victorino d'Almeida, in Jornal de Letras 24 de Julho de 1993
Na numerologia de
beEthovan surgem alguns dos números usados por Mozart, tais como 3, 6 e 18, e de novo, as origens são parte cristãs e parte maçónicas. Tal como Mozart, se bem que em menor grau, Beethoven usou aqueles números inteiros para fixar o número de notas numa melodia e, mais frequentemente o número de compassos de um trecho. Mas o uso mais notável, que não se encontra em Mozart, surge na sua numeração de obras de um dado género e na atribuição a essas obras de números "bons". Deve sublinhar-se a palavra sua pois foi o compositor quem escolheu os números fazendo-o desde o inicio da sua carreira, ao contrário da prática comum de serem os editores a atribuir números às obras. As suas obras, quando listadas segundo aqueles números, não correspondem nem à ordem cronológica da sua composição nem à da sua publicação.
O período mais intenso da influência numerológica, em Beethoven, ocorreu no princípio dos anos 20 do séc. XIX quando tinha cinquenta e poucos anos.
Beethoven escreveu 32 sonatas para piano. As três últimas foram produzidas conjuntamente e numeradas opus 109-111 (111 é o número da trindade). Opus 111 desenvolve-se em função de 2, 3 e 32, de uma maneira notável. No primeiro andamento, aos 18 compassos de introdução segue-se o primeiro tema, apresentado de duas maneiras: a primeira frase tem 3+3 notas, repetidas uma vez, seguidas de 5+5 notas de novo repetidas, totalizando 32 notas.
Durante esses anos também trabalhou na sua principal obra religiosa, a "Missa Solemnis", que completou em 1823. Atribuíu-lhe o número Opus123 que, tal como a sucessão 1-2-3, proclamava a trindade cristã. A escolha deliberada de números confirma-se pelo facto de quando a enviou ao editor, ter passado à frente do número 122.
O uso de 3 ocorre em quase toda a obra. Existe uma organização tripartida em vários dos 5 andamentos, ou de partes importantes desses andamentos. Além disso, ainda o tema de abertura começa com 3 notas ascendentes e ouvidas 3 vezes.

a matematica e musica....


O que reza a lenda

Um certo dia Pitágoras, numa das suas viagens, passou por acaso numa oficina onde se batia numa bigorna com cinco martelos. Espantado pela agradável harmonia que eles produziam, o filósofo aproximou-se e, pensando inicialmente que a qualidade do som e da harmonia estava nas diferentes mãos, trocou os martelos. Assim feito, cada martelo conservava o som que lhe era próprio. Após ter retirado um que era dissonante, pesou os outros e, coisa admirável, pela graça de Deus, o primeiro pesava doze, o segundo nove, o terceiro oito, o quarto seis, de não sei que unidade de peso”.
Guido d’Arezzo ( 992-1050?), no seu tratado da música Micrologus

"O ritmo é a base da Música apenas porque

quinta-feira, 12 de junho de 2008

COMO SE FORMA O CARBONO 14

Como se forma o carbono 14

A datação por carbono 14 baseia-se num simples fenómeno natural de alteração de carbono-14 ou radiocarbono.
Quando a alta atmosfera é bombardeada por radiação cósmica, o nitrogénio atmosférico ou nitrogénio-14 é quebrado, por reacção com neutrões da radiação cósmica, num isótopo instável de carbono – carbono-14 (C-14) ou radiocarbono.
Depois de produzido o radiocarbono é rapidamente oxidado em dióxido de carbono (CO2), que dispersa se pela atmosfera e é trazido para a superfície terrestre pela actividade atmosférica. Na sua maioria é absorvido pelos oceanos, mas 1% é absorvido pela fauna e flora terrestre com as plantas, em especial, a absorverem carbono atmosférico (carbono-12 e carbono-14). Por reagir como o carbono-12 e carbono-13, o
carbono-14 liga-se a moléculas complexas orgânicas através da fotossíntese e torna-se parte da composição molecular da planta. Qualquer animal que ingira essa planta absorve também o carbono-14 e os isótopos estáveis. A proporção de carbono-14 para carbono-12, em organismos vivos é aproximadamente a mesma que a da atmosfera (um átomo de carbono-14 para 1,000,000,000,000 átomos de carbono-12), como se trata de um isótopo instável está constantemente a alterar-se por emissão de electrões, no entanto, a proporção de carbono-14 em organismos vivos mantém-se relativamente a mesma, devido ao ciclo contínuo da radiação cósmica na cadeia alimentar. Após a morte do organismo, o ciclo termina e o carbono-14 deixa de estar cumulativamente presente no organismo, e a sua percentagem começa a decrescer, alterando-se para nitrogénio-12. A taxa de alteração é medida através do meio-ciclo do carbono-14, onde metade da quantidade original de carbono-14, presente no cadáver do organismo vivo, se altera para a forma de nitrogénio-12, em cada 5730 anos em média. A idade radiocarbónica de uma amostra, é baseada na medição da quantidade residual de carbono-14, que comparada com concentrações actuais, indicia uma estimativa de quanto tempo passou desde a morte do organismo. Apesar da alteração do carbono ser constante e não ser influenciada por condições ambientais, é variável e está sempre presente um factor de erro ligado à estimativa de idade.
As medições radiocarbónicas, são sempre nomeadas em: anos antes do presente years before the present (B.P.) – onde o “presente” é definido por convenção, como 1950. Sendo que com esta data “presente”fixa, é possível comparar datações radiocarbónicas sem ser necessário saber o ano em que as datas foram calculadas. Deve-se, no entanto, notar que apesar de as datas de radiocarbono serem consideradas datas de calendário, raramente constituem aproximações estatísticas. Os resultados da análise de radiocarbono incluem dois tipos de valores: a estimativa em média de idade e o erro tipo, ou seja, o nível de erro estatístico que reflecte
a natureza ocasional da emissão radioactiva e outros factores que podem afectar as medições. Este factor de erro é crítico na aferição da probidade da própria marco temporal em que se encaixa a provável data, sendo que a datação por radiocarbono não indica uma particular e específica data, mas sim uma marco temporal onde provavelmente se encaixa essa mesma data específica. Um resultado de 9000±100B.P. indica que há uma possibilidade de 67%, de a data real se encontrar entre 8900 (9000 menos 100) e 9100 (900 mais 100 anos) B.P., duplicando o factor de erro para 8800-9200 B.P. aumenta a ocorrência para 95%, da data se encontrar dentro
desta baliza. Assim, há um compromisso na interpretação entre a precisão da data por radiocarbono e a confiança que o arqueólogo terá nela. Então, o factor de erro torna-se tão significativo como a estimativa de data, pois sem este torna-se impossível determinar a precisão da medição.
Actualmente as técnicas de datação por radiocarbono conseguem datar quase qualquer material orgânico (que contenha carbono), sempre que a amostra seja de dimensão suficiente para tal.
Devido a rápidas alterações na intensidade solar no séc. XVII, à combustão de grandes quantidades de combustível fóssil na segunda metade do séc. XIX e à produção de carbono-14 artificial na atmosfera com a detonação de engenhos atómicos, particularmente nos anos 50 e 60 do séc. XX, é difícil datar correctamente materiais com menos de 300 anos, usando o método do carbono-14. O material mais usado para datar é quase sempre o carvão vegetal apesar de, em princípio, qualquer
material orgânico ser susceptível de ser datado, sendo a amostra retirada com todo o cuidado para evitar qualquer contaminação, colocada em embalagens seladas, devendo o contexto da amostra ser também
Correctamente documentado (posição estratigráfica e associações).

DATAÇÕES

DATAÇÕES RELATIVAS
Quando se estuda uma escavação arqueológica podem se deparar com a ausência de registos escritos que possam ajudar na documentação de toda a escavação arqueológica e na sua compreensão. Assim, através de datações relativas, com a ajuda de técnicas comparativas, tenta-se perceber o que é mais velho e mais novo, no entanto nunca se determina uma data específica e precisa para um objecto ou acontecimento.


DATAÇÕES ABSOLUTAS
A necessidade de métodos mais exactos de datação foi sempre patente, pois tornava-se necessário encontrar marcos temporais mais bem definidos para poder desenvolver a datação relativa que se desenvolvia por comparações. Nos anos quarenta, o senhor Willard Libby, descobriu que o carbono-14 presente em matéria orgânica morta, se alterava com o passar do tempo a uma determinada velocidade podendo, a partir desse estudo ser medida uma data exacta determinada. Esta descoberta constituiu uma revolução para as técnicas de datação e o início da datação absoluta, ou seja, a determinação de uma idade exacta para um objecto.


MÉTODOS DE DATAÇÃO RADIOMÉTRICOS

Este grupo de técnicas baseia-se no facto de átomos de isótopos radioactivos emitirem partículas sob atómicas, alteram se e transformam se num outro isótopo estável. Este processo de alteração é ocasional, ou seja, a alteração de cada átomo não é susceptível de ser prevista, mas a proporção de alteração é constante e logo previsível. A taxa de alteração é expressa em termos de um meio ciclo, ou seja, quanto tempo é necessário para que metade dos átomos numa amostra do isótopo radioactivo se altere para uma forma estável. Comparando a quantidade residual do isótopo original numa amostra, com a quantidade do produto alterado e, por fim, comparando isto com o meio ciclo do isótopo é possível determinar há quanto tempo dura o processo de alteração.
Os isótopos mais apropriados à datação radiométrica são os que ocorrem mais vulgarmente na Natureza, tem meios ciclos de alteração compatíveis com as idades dos materiais a datar.
DATAÇÃO POR RADIOCARBONO OU CARBONO 14

A datação por radiocarbono é provavelmente a mais conhecida e mais usada técnica de datação absoluta actualmente, em arqueologia. Esta técnica foi desenvolvida na universidade de Chicago, por um grupo de cientistas liderados pelo químico Willard F. Libby, em 1949.(já citado em cima)
O impacto desta descoberta e da utilização desta técnica foi algo de improcedente na arqueologia, permitindo a datação de depósitos independentemente dos artefactos e das sequências estratigráficas, levando à construção, nas cinco décadas que se seguiram, de uma cronologia cultural, à escala global, dos últimos 40 mil anos. Com esta técnica muito do estudo e esforço posto em datações foi divergido para outras questões igualmente importantes dentro da arqueologia.

BIOGRAFIA DE Willard Frank Libby


Há mais de 50 anos era descoberta a técnica de datação por carbono-14…

Willard Frank Libby foi que descobriu esta técnica que permite calcular a idade de fósseis e é fundamental para o trabalho de arqueólogos, antropólogos e cientistas.
Cientista norte-americano nasceu em 1908, em Grand Valley, Colorado, frequentou a universidade de Berkeley onde estudou quimica e onde mais tarde leccionou (1933 e1945).
Durante a II guerra mundial, participou no projecto Manhattan destinado ao fabrico da primeira bomba nunclear.
Ajudou a desenvolver o método de separação dos isótopos de urânio, passo essencial para o exito do projecto.
Em 1945 passou a dar aulas na universidade de Chicago, nesse mesmo ano assume a direcção do Instituto de Assuntos Nucleares.
Em 1946 mostra que o trítio, isótopo é mais pesado que o hidrogênio, produz radiação cósmica. Escreve Datação pelo Radiocarbono (1952). Em 1954 torna-se membro da Comissão de Energia Atômica dos Estados Unidos.
Em 1956 leccionou na universidade de Califórnia.
Em 1960 ganhou o premio nobel da quimica.
Faleceu no dia 8 de Setembro de 1980 em Los Angeles.